A Volta do Parafuso foi publicado no ano de 1898 por Henry James. Foi originalmente lançada em forma serial na revista Collier’s Weekly.
O livro, apesar de curto tem uma escrita muito robusta, o que faz sentido para a época em que foi publicado. Mas mesmo assim é uma leitura difícil, me peguei várias vezes tendo que reler a mesma frase ou parar para procurar palavras no dicionário, o que atrapalha um pouco o fluxo da leitura.
A história começa no que parece ser um encontro entre alguns amigos que compartilham histórias de terror. Até que um deles diz que tem a história mais assustadora que já viu e cria um clima de suspense em volta dela. O relato é antigo e, na perspectiva de uma preceptora recém-contratada por um homem para trabalhar na Mansão Bly, cuidando da educação de seus dois sobrinhos.
À medida que os dias em Bly passam, coisas estranhas começam a acontecer envolvendo dois antigos funcionários da mansão. Quint, que era o assistente do patrão e Srta. Jessel que era a antiga preceptora das crianças. Os dois sumiram de uma forma misteriosa e ninguém parece ter muita vontade de falar sobre eles, inclusive a sra. Grose. A preceptora então se dá conta de que os fantasmas destes antigos funcionários estão atrás das crianças e, começa a fazer de tudo para salvar os pequenos.
Mas essa não é a primeira vez que ouço uma dessas histórias fascinantes envolvendo crianças. Imaginem, se com uma só já sentimos tamanho calafrio, o que nos causaria um caso em que há duas crianças?
A preceptora, usa muito sentimentalismo para descrever todos os momentos em Bly e as crianças, deixando pouco espaço para as interações em si, deixando o livro enjoativo. As interações entre os personagens, que são as melhores partes do livro parecem passar muito rápido.
Há ainda o fato de que nenhuma outra pessoa, além da preceptora, parece ser assombrado pelos fantasmas de Quint e da Srta. Jessel. Mesmo ela dizendo que as crianças sabem, não temos completa certeza de que elas realmente sabem de algo. Nenhuma fala das crianças é completamente explícita em relação a este fato.
“Essas coisas, naturalmente, deixavam na superfície, por certo tempo, um calafrio que negávamos a qualquer custo sentir”
Apesar dos outros personagens como a sra. Grose não terem tanto destaque eu realmente gostei muito da presença dela na trama, e principalmente no final. Mesmo não tendo nenhuma confirmação de que a preceptora diz a verdade, ela confia em sua palavra e a ajuda a cuidar e salvar as crianças.
A semelhança com a série A Maldição da Mansão Bly é impossível de não ser percebida, e se você já viu a série com certeza vai ficar imaginando as personagens como os atores que as interpretam na série. Apesar da série ser diferente e apresentar novos personagens à trama, ainda assim você faz a relação.
O grande plot, acaba não existindo porque nenhuma revelação de verdade é feita. Nenhuma explicação é dada quanto as aparições da Srta. Jessel e Quint. O livro acaba sem resolver nenhuma questão levantada durante a história.
Podemos levar essa falta de explicação a ser um delírio da personagem e, de fato nada nunca aconteceu. O que pode comprovar essa teoria é o fato de que nenhum outro morador da casa realmente viu os fantasmas ou qualquer coisa estranha que acontecia.
“Eu só conseguiria seguir em frente confiando e levando em conta tal “natureza”, tratando essa monstruosa provação como um empurrão rumo a uma direção incomum, é claro, e desagradável, mas que, ao final, para ser justa, exigia apenas uma outra volta do parafuso da comum virtude humana”
Ficou com vontade de ler?
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